Hello, it's me!


Faz tempo que não apareço por aqui, não é mesmo? Eu mesma tive de ir ver qual foi a última postagem para ter certeza do tempo que passei fora e vi que a última foi em fevereiro. Época em que comecei a ficar sem muito tempo disponível, mas nem vou culpar a falta de tempo no momento, vim mesmo falar sobre os reais motivos para eu parar de escrever por aqui.

O ano passado não foi um ano fácil para mim, mudança, falta de emprego, diversos dilemas estranhos que me fariam escrever muito e sempre, mas que eu deixei de lado, e por que? Pois estava com medo de expor meus sentimentos. Lembro de 2010 quando eu escrevia num dos meus primeiros blogs e sinto saudades daquela menina. Ela expunha tudo o que sentia, sem medo dos julgamentos alheios (que na época eram muitos).

Quando decidi me mudar para São Paulo, coloquei como meta escrever aqui, fazer vídeos e tudo mais, a fim de manter meus entes queridos a par dos meus passos e das minhas decisões, mas eu vacilei, pois eu não queria que além desses, outros entes que não eram nem um pouco queridos, também estivessem cientes do que eu fazia ou deixava de fazer. E tudo que eu menos queria eram pessoas que torcem para o meu mal, sabendo de mim. E foi aí que eu privei quem gostava e quem poderia de alguma forma se identificar com meus escritos, de ler um pouco mais das minhas experiências.

O universo dos blogs sempre foi o meu preferido. Eu sempre amei conhecer um, de alguém como eu e o que a experiência dela podia me ajudar. Diversas vezes uma leitura me salvou da tristeza, da incerteza, de um dia solitário. Abrir o navegador e saber que existem por aí centenas de pessoas que passam ou passaram pelo mesmo que eu e que podem me ajudar, sempre foi algo maravilhoso e sou grata a essas pessoas por isso.

Eu não havia notado o que me fazia temer tanto. Eu me lembro no passado que eu comecei a criar barreiras, porque comecei a me incomodar com os comentários das pessoas a respeito de algum texto meu. Lembrei desses e me esqueci das vezes que alguém me agradeceu por algo que escrevi e dos elogios que recebi. Só guardei os risos de gente tóxica que me fazia desistir de algo que sempre amei e sonhei fazer.

Essa semana eu vi o vídeo Seja Vulnerável da Roberta Vicente, que mexeu muito comigo, pois me identifiquei muito. O que aconteceu comigo foi justamente tentar não deixar que as pessoas conhecessem a minha vulnerabilidade. Ela diz que a vulnerabilidade não é uma fraqueza, mas um ato de coragem e eu percebi que realmente fazia sentido. Pois quando você tem coragem, você não se importa muito com o que vão pensar das suas atitudes ou do que você sente. Muito embora muitos digam "você é muito corajosa", geralmente é baseado nas minhas decisões e eu realmente sinto mais que geralmente falam isso para não dizer "você é louca por fazer isso". Mas agora eu estou sendo vulnerável a dizer que eu sinto e muito. Eu sou muito emotiva, eu amo, eu sinto raiva, eu vivo. E eu decidi compartilhar mais disso aqui. Talvez isso ajude alguém. Talvez não. Mas sei que irá ajudar alguém muito importante. Irá ajudar a mim.

Se você gosta do que eu divido aqui, deixa um recadinho, sugestão do que você quer ver, opiniões etc etc. Sinta-se livre para ser você mesmo aqui, da mesma forma que eu quero ser.

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