A crise de Peter Parker




Estava me arrumando para sair e, como de costume, a televisão na sala estava ligada enquanto minha mãe oscilava entre dormir e assistir. Quem me conhece, sabe que o que menos faço/gosto atualmente é ficar em frente à TV, então não parei nesse dia, mas levei um espelho para sala e, enquanto arrumava os cabelos, conseguia assistir alguns trechos do filme Homem-Aranha 2. Já devo ter assistido umas 5 vezes ou mais, mas só dessa vez notei uma lição de vida. Ah, estou falando da primeira trilogia, pois não assisti o atual e não superei o fato de não ver o Tobey Maguire como protagonista u.u

Aqui entre nós, Peter é um dos super-heróis mais humanos de todos: tem de salvar Nova York, ser um bom estudante e ainda conseguir pagar as contas no final do mês, pois seus pais morreram e não deixaram uma herança bilionária, tal como nosso coleguinha Batman, por exemplo. Nesse filme da saga, ele começa a enfrentar problemas pois suas notas estavam caindo, havia perdido a mulher amada, não conseguia cumprir os compromissos etc. Todos começaram a pressioná-lo, e com tudo indo por água abaixo, ele começou a sentir de forma mais intensa o peso da tão grande responsabilidade que Tio Ben havia lhe dito antes de morrer e isso começou a afetar diretamente na utilização de seus super-poderes. Foi gradual, primeiro a teia, depois a capacidade de subir paredes, pular grandes distâncias, volta da miopia... Foi ao médico e os exames não acusaram nada. O problema dele estava além do físico. Era emocional.  Ele estava em uma crise: ser o homem-aranha ou  ser Peter Parker? Por fim, ele desistiu, pois não queria mais ter de abrir mão de sua vida em função de outras.  

No início, ele conseguiu voltar à ter uma vida normal. Estudar mais, assistir à apresentação de Mary Jane, visitar tia May... Mas, bastou ele salvar uma menina em um incêndio e logo depois saber que outra pessoa não teve a mesma sorte, para ele começar a recobrar a consciência de que havia mais em jogo do que seus próprios desejos.

Comecei a pensar que somos assim também. Às vezes estamos vivendo uma situação tão desgastante que acabamos perdendo a habilidade de fazer bem aquilo que temos como dom. Quem leciona, já não sabe ensinar mais, quem canta já sofre por alcançar uma nota mais alta ou mais baixa, quem é designer não consegue mais ter criatividade ou prazer no que faz. Sim, estou falando de mim, pessoa que já escreveu nesse blog sobre o amor que tem por essa profissão. Já cheguei num ponto em que eu quis dizer: CHEGA, VOU VIVER NA PRAIA E VENDER AS COISAS QUE A NATUREZA DÁ rs

Tal como Peter no filme, que precisou entender que outros dependiam dele e que ele precisava sim aceitar isso e fazer o melhor, eu busquei aceitar a situação que estava me incomodando. Não dizendo: "hey bonitinha, pode ficar, se instale bem aí", mas, deixando de dramatizar mais que o necessário. Eu estava tão atordoada que não tinha um plano concreto para o futuro. Sai atirando para todas as opções disponíveis à minha frente e, hoje dou graças à Deus, por elas terem desmoronado à minha frente. 

Outro fato que fez Peter abrir os olhos, foi quando Tia May e um garotinho disseram o quão importante o Homem-Aranha era para a cidade e para algumas crianças. Isso me lembrou também da importância de ter alguém que nos faça pensar. Não apenas escute e diga "isso vai passar" ou "você está fazendo drama", mas que nos questione o porquê de nossas escolhas e que nos faça pensar conscientemente em nossas decisões. Por sorte eu tive duas pessoas importantíssimas nesse processo, que me ouviram e depois me fizeram ir além do "eu quero porque acho que quero". Talvez seja o que você, que passa por alguma crise semelhante necessita. Eu achava que precisava de terapia, quando na verdade eu só necessitava me abrir para um amigo (nesse caso, dois), sem barreiras, sem medo de ser julgada.

Ok, sou formada em Design e não Psicologia, contudo, o que busco através desse singelo texto, é deixar registrada a minha experiência. Espero que ela de alguma forma ajude a você a encontrar uma saída, da mesma forma que eu encontrei.

Minha experiência com lentes de contato

Em abril, meus óculos quebraram com menos de 1 mês de feitos. Fui à clínica para fazer um novo exame (tinha perdido a receita antiga) e a oftalmologista estranhou eu ter voltado lá em tão pouco tempo. Quando contei a tragédia, ela me perguntou se já havia experimentado lentes de contato. E ai, eu teci a longa história recheada de preconceito e medo que eu tinha das lentes. Ela então me perguntou se eu desejava fazer um teste para saber se podia usar, pois, eu só preciso de correção para miopia e não é tão grande assim. Refiz a o teste para saber o grau correto e um teste para medir a curvatura da córnea e a oxigenação do olho. Também fiz um teste de adaptação por 10 minutos com uma lente descartável para saber se teria alguma reação (e não tive, meus olhos não arderam nem ficaram vermelhos). Lá na clínica eles vendiam as lentes, mas eu achei beeeeeem mais caras que nas óticas, então preferi fazer orçamentos em outros lugares.
Fiz orçamento na internet, mas fiquei receosa de comprar e depois não ser tão boa. Preferi então ir à ótica física. Fui em algumas, mas o melhor lugar, tanto em atendimento, quanto valores, foi a Fotótica. Como sabiam que eu nunca havia usado, eles fizeram um teste de adaptação com duas lentes gelatinosas, além de me ensinarem a colocar, retirar e fazer a higienização <3. Fiz o teste com uma da Johnson &Johnson e outra da iWear. Senti muito incomodo no olho esquerdo, que depois descobri que foi a da Johnson &Johnson, então comprei a da iWear. No entanto, agora que não sou mais marinheira de primeira viagem, vou testar outras marcas depois.

Quantidade e valores
Comprei a caixa da iWear (Cooper Vision) com 6 lentes mensais e, como meu grau é o mesmo nos dois olhos, fiquei com 3 pares (três meses). Paguei 89,90 na caixa! Confesso que, apesar delas serem mensais, eu ultrapassei um pouquinho o limite. Usei por 35 dias, até que percebi que não estavam mais corrigindo a miopia. Afinal, nem sempre eu as utilizo durante um período muito grande, além de ter todo cuidado na higienização e manuseio.
Ah, também é necessário comprar o kit de higienização. Mas ATENÇÃO, não faça como eu :( . Comprei na Fotótica mesmo, paguei R$37,90 por 300ml de solução de limpeza Opti-Free e R$16,90 por 5 estojos para guardar as lentes (como vocês podem ver abaixo, elas vem em blisters). Porém, quando fui à farmácia Santo Antônio, achei o kit que vinha a solução de 300ml, outra de 120ml (ótima para deixar na necessárie) e um estojo #sentaexora por R$ 36,90. 
Comprei também um colírio Clens 100 e paguei 26,90 por ele. Ele serve para umidificar as lentes, quando você está muito tempo com elas.

Minhas considerações
Estou AMANDO usar lentes. Claro, tenho que ter toda disciplina de lavar as mãos antes de retirar e colocar, tirar antes de dormir etc. Mas as vantagens, ao menos para mim, suprem tudo isso. Durante esse mês não tive do que reclamar. Elas são perfeitas demais!

Vantagens
- Não preciso retirar óculos quando vou tirar/colocar capacete de moto;
- Não ter o óculos embaçado ao comer/beber algo quente;
- Poderei ver melhor quando for mergulhar <3;
- Não entortar o óculos por ter cochilado no ônibus;
- Não ter de limpar o óculos de 2 em duas horas (o meu sujava pakas, por causa do cabelo);
- Não ter pressão no nariz ou atrás das orelhas (a segunda principalmente, pois me incomodava bastante);
- Assistir filme 3D sem ter de colocar óculos por cima de óculos <3 <3 <3
- Às vezes esqueço que sou míope rs 

Dica
Se você também tem vontade de usar lentes, não exite em fazer um teste antes, pois assim você tem a segurança de que pode usar.
Se você acha que os cuidados com as lentes é trabalhoso, com o tempo você acaba se acostumando e vira uma rotina, tal como escovar os dentes pela manhã. Além disso, me fez ter mais cuidado com meus olhos, pois agora evito ao máximo coçá-los, e isso evita irritações e problemas.












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