Bloqueio do whatsapp no Brasil e a dependência dos smartphones

01:51:00

O ano de 2015 foi marcado por muitos acontecimentos, alguns muito tristes, dos quais podemos destacar o terremoto no Nepal, o desastre ambiental em Mariana e o atentado terrorista em Paris. Estes dois últimos fatos haviam sido os mais divulgados e comentados pela mídia em geral até a noite de quarta-feira (16 de dezembro), quando o assunto das redes sociais passou a ser o bloqueio do Whatsapp por 48h, em decorrência de uma decisão judicial. Em poucas horas vários memes surgiram para comentar o fato e isso me fez parar para pensar o quanto nos tornamos dependentes do celular e de seus aplicativos.


O bloqueio do Whatsapp foi o assunto da noite do dia 16 e da manhã do dia 17. Como de costume, formou-se a briga polarizada da internet, gente que se disse feliz, pois acreditava o fato proporcionaria mais momentos "reais", o que cá entre nós, não e só o Whatsapp que nos tira, já que atualmente há infinitos aplicativos que nos fazem ir para o mundo virtual. Houve também quem criticasse a ação da justiça, alegando coisas como "a justiça brasileira consegue bloquear o whatsapp mas não consegue bloquear o celular nos presídios" e por aí vai... O caso é que ao abrir o facebook eu só conseguia ler sobre isso e me inspirei a escrever.

No entanto, no início da tarde de quinta (17) , a história mudou quando um desembargador criou uma liminar revogando o pedido, pois julgava que o bloqueio havia trazido malefícios até mesmo comerciais para o país. Eu realmente fiquei impressionada com tamanha rapidez em resolver algo que, ao meu ver não afeta tanto assim aos negócios. Pelo contrário, creio que se ficasse mesmo bloqueado e não houvesse outros aplicativos e similares a ele, o rendimento dos trabalhadores até aumentaria. É certo que hoje é uma ferramenta muito utilizada por corporações para realizar contatos rápidos e tudo mais, mas creio que bem mais que isso, pode ser visto como um atraso no trabalho de muita gente que utiliza o celular em demasia.

Eu sinceramente assumo meu uso constante do aplicativo, inclusive o abri diversas vezes no dia, porque já se tornou uma mania: pegar o celular > abrir whatsapp > verificar mensagens > não tem mensagem, mas vou deslizar o dedo em todas as mensagens para ver algo que eu nem sei o que é. Prova de que o uso do aplicativo já se tornou um vício rotina. Apesar disso, fiquei com alguns questionmentos: será mesmo que um aplicativo é assim tão importante que mereça tamanho destaque a ponto de um desembargador se posicionar tão rapidamente assim? Será que ele que o bloqueio dele, caso se perdurasse seria tão prejudicial quanto o desembargador alegou ou proporcionaria outras coisas boas, como a tirinhas dos Quadrinhos Ácidos:

Eu reconheço o uso constante do celular e do quanto já se chatearam comigo por eu não dar total atenção à um encontro/conversa/momento por causa dele. E é por isso que estou repensando o uso de alguns aplicativos, dando uma pausa e tentando aproveitar mais o momento off-line. É um pouco difícil, principalmente quando se tem um relacionamento à distância, mas creio que seja possível se eu usar um pouco mais de bom senso. 

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